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gregório gruber (clique na imagem para ampliar)

Persepolis é a história da iraniana Marjane Satrapi. Ela cresceu no Irã durante a Revolução Islâmica, exilou-se em Viena na adolescencia, durante a guerra Irã-Iraque. Voltou ao seu país, para encontrá-lo ainda mais intolerante e irrespirável, até partir definitivamente para a França, onde estudou Artes Gráficas e, mais tarde, escreveu/desenhou sua obra-prima autobiográfica.
Ainda não li Persepolis. Mas estou profundamente emocionada com o filme - Persepolis (2007) - que acabei de assistir. Ao que tudo indica, para variar, o livro vai mais fundo nos detalhes cotidianos do Irã dos anos 70 e nas transformações dos hábitos da população. O filme, no entanto, é belíssimo e muito comovente. O foco é a família de Marjane - um núcleo de pessoas esclarecidas, cultas, descendentes da antiga família real (anterior ao Xá) e com simpatias esquerdistas - que se opõem ao regime do Xá, torcem pela república popular e vêem-se, finalmente, prisioneiros da tirania islâmica instaurada pelo próprio desejo popular. Aha.
Dentro deste panorama dramático, há o pequeno drama de Marjane, deslocada em toda a parte, exilada na Áustria, exilada em seu próprio país, privada de seus valores verdadeiros. O filme fala de valores reais, dos que dão dimensão e identidade, dos valores que fazem sentido na vida.
