quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

dropes discrepantes

Ontem à noite meu marido foi assaltado. Chatice, puta susto, levaram o carro, o celular, todos os documentos, as chaves de casa. Um mega-trampo pra trocar todas as fechaduras e cancelar os cartões de banco de madrugada, bla bla bla... Aí hoje de manhã o meu telefone toca. "É a Dona Ana ?" Eu, desconfiadíssima: "Sim." Uma voz de mulher, tão desconfiada quanto a minha, continua: "Encontraram uns documentos numa caçamba e ligaram para cá". " E você, quem é?"
"Eu sou a Carmen, secretária do Dr. João".

Olha que confusão e que mistério. O ladrão resolveu se desfazer organizadamente de todos os documentos e papéis que havia no carro e colocou-os todos dentro de um plástico, dentro de uma caçamba, no Belém - zona leste de SP. Um simpaticíssimo lavador de motos do Belém, passando pela caçamba, encontrou os documentos e, examinando-os, encontrou uma receita médica onde havia o telefone do Dr. João. A receita era para mim, meu marido tinha guardado para pedir o reembolso. Alguém acompanhou até aí? Pois é. O lavador de motos, seu Betinho, ligou pra Dona Carmen, secretária do Dr. João, que ligou para mim, que liguei pro meu marido, que recuperou TODOS os seus documentos. Incluindo os cartões de banco e o carnê (quitado) do carro.

...

...e acabamos de ouvir em uma rádio religiosa: (de verdade. mesmo.)

"Então eu fui no médico e ele me disse que eu estava com módulos nos seios."

...

E por falar nisto (ou não?):

Alguém entendeu a conversão da Igreja Flicts para o Movimento Gay?
Sugiro novos nomes, condizentes com a nova proposta:

( ) Igreja Universal Deus, Abalou!
( ) Igreja Universal Deus, Arrasou!
( ) Igreja Universal Meu Jesus!
( )Igreja Universal Deus é um Amor.

...
E só pra mudar completamente de assunto:

Frase que ouvi da genial (e divertidíssima) Gisele Jordão, produtora cultural aqui da cidade, sobre, a disseminada prática da permuta, ou "apoio", na área teatral:

"Esta coisa de peça de teatro colocar um monte de [logomarca de] restaurante no programa [dos espetáculos] é um horror. Veja bem. Quem aqui trabalha por um prato de comida? Pelo amor de Deus! Pague direito e deixe os atores escolherem onde querem comer!"



segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

dançar pra começar

Todo o dia de manhã eu agora pego o metrô, desço no Brás, pego o trem da CPTM, destino Rio Grande da Serra, e desço na Mooca - é, na Mooca, mas a Mooca é tão grande, que só agora descobri que a melhor opção é ir de trem! - para fazer a minha aulinha de dança.

Desde que comecei a andar de trem, comento com os amigos que, como eu, também não têm este hábito: como é civilizado! Os trens são limpos, têm ar condicionado, os bancos são espaçosos e os carros são novinhos. E a estação é grande, organizada, segura. Não tem porém.

Às vezes, saio da aula e paro na Di Cunto, a rotisserie mais tradicional da Mooca, portanto de São Paulo, portanto do Brasil. Tomo um café e ligo pro meu marido: "adivinha onde eu estou?" Só pra ele uivar de inveja.