O ensinamento que o ano me deixa é o da urgência de estar presente. Todo o resto é consequência ou ilusão. Juro, não é papo budista, ainda que eu tenha entre meus bons amigos alguns seguidores da filosofia. O que afirmo é mais um reflexo de algumas fichas que caíram, em vários momentos deste ano. Estar presente, plenamente - o que é bem mais difícil do que parece, vamos combinar - é a única justificativa para trabalhar loucamente, juntar dinheiro, montar uma obra, discutir uma idéia, brigar com alguém, reconciliar-se, todas estas tarefas desgastantes que implicam em estar vivo e relacionando-se com o mundo. A fama, o futuro, o legado, o amor do próximo, são consequências. Ou ilusão, quando são a cenoura à frente do burro, a única motivação para o movimento.
Pensa o quê? Minha busca é estar presente. Eu, que passei meia vida olhando pra frente e correndo atrás, noites em claro pensando no que pode dar errado, longas discussões entre eu e migo sobre o que é certo, o que eu deveria ter feito, o que eu podia... Muito tempo esperando o tempo certo, muito tempo deixando para depois, quando for o tempo. Não é simples. Agora, por exemplo, reflito olhando para trás, que é o que sei fazer.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
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2 comentários:
eu só olho pra trás. e chego a essa conclusão todo fim de ano. poderia ter alcançado mais, se olhasse pra frente de vez em qdo.
legal,
olhando pra frente e correndo atrás; puts, bem isso!
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