quinta-feira, 25 de outubro de 2007

cão sem mundo


O artista costa-riquenho Guillermo Habacuc Vargas participou de uma exposição na Nicarágua com uma instalação que consistia de um cachorro amarrado numa cordinha de nylon, presa à parede da galeria. Na parede oposta, escrita com ração, lia-se a frase Eres lo que lees. O cachorro, apanhado na rua, doente e subnutrido, morreu depois de um dia, sem comida, sem água e sem descanso, submetido à visitação pública.


Tentando entender: Habacuc, o autor/artista/cretino, afirma que “o importante para mim era a hipocrisia do povo: um animal torna-se o foco de atenção quando o ponho num lugar branco onde as pessoas vão ver arte, e não quando está na rua morto de fome. O cão está mais vivo do que nunca porque continua a dar que falar”.


(E o Rasklonikov matou a velhinha porque a julgava vil e inútil e o seu julgamento bastava. E porque sem piedade um homem vai mais longe...)

A situação, denunciada pelo El País e documentada em várias imagens, deu origem a uma petição online contra o seu autor que já reúne, perto de 100.000 assinaturas (eu assinei a n.91.762). A petição pede que o artista seja boicotado e "desindicado" para representar a Costa Rica nas próximas exposições internacionais.

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