quarta-feira, 15 de abril de 2009

Je ne regrette rien

Hoje foi a missa de 7º. dia do Francarlos Reis, na Igreja da Consolação.

Por algum motivo familiar que não pôde ser resolvido de jeito nenhum, o velório e o sepultamento do Fran foram em Campinas. Ou seja, quase nenhum amigo conseguiu se despedir dele direito, já que ele vivia em São Paulo há trocentos anos.

Na sexta feira passada fizemos uma espécie de cerimônia de despedida no Luna de Capri, o bar onde ele vivia. Alguns colegas de elenco foram e beberam o seu drinque favorito – a caipirinha de abacaxi com steinhegger – em sua homenagem. Seguiu-se uma salva de palmas. Quem foi ficou quase satisfeito.

Hoje foi o dia da classe artística inteira aparecer. Foi bem bonito. Foi emocionante e triste, também. Tem horas que a gente fica completamente perdido, vendo o colega rendido, chorando. Tive muita vontade de pular vários bancos e ir abraçar o Marcos Caruso, que parecia de papel, de tão triste que estava.

A missa foi celebrada com a participação dos artistas amigos. Etty Fraser leu algumas passagens bíblicas. Juca de Oliveira falou ao final (lindamente). Carlinha Cottini abriu a missa com a Valsa de Musetta, de La Bohème e cantou a Ave Maria, de Gounod. Saulo Javan cantou Somewhere, de West Side Story, na comunhão. Eu tive a honra incrível de encerrar a missa, cantando Non, Je Ne Regrette Rien, da Edith Piaf.

Foi um dia bonito, uma cerimônia importante. Acho que estamos bem. Com saudades, sim. Mas estamos resolvidos.

2 comentários:

st denis disse...

Apesar ou por conta, há de ter sido uma das situações mais lindas do mundo. O amor, a sensibilidade, tudo transbordou até aqui. Aquilo porque vale a pena viver.

st denis disse...

Não me sai da cabeça a pessoa maravilhosa que Francarlos foi e é na lembrança, capaz de inspirar tamanha beleza.