terça-feira, 16 de setembro de 2008

até aqui, tudo bem

Filmagem no Jardim Botânico, às oito da manhã. Cheguei às dez. Não sou de aprontar destas, mas a produtora me deu a dica que eu poderia atrasar porque eles iriam montar o set às oito. Dica misericordiosa, aliás, já que hoje fez uns onze graus e precisei usar a minha incrível técnica de me auto-chutar da cama para conseguir levantar (Faço um pêndulo com uma das pernas e chuto a outra para fora do colchão. Com o desequilíbrio, eu fico em pé. Coisas que aprendi ao longo de anos de trabalho ora varando a madrugada, ora gravando logo cedo, para aproveitar a luz) .

Fui de metrô até onde dava, depois peguei um táxi que chegou rápido ao Jardim Botânico, mas rodou 8 reais comigo lá dentro, até encontrarmos a equipe de filmagem. Set montado, tudo muito pronto, eu já cheguei maquiada e vestida, começamos a rodar.

Às vezes passava um avião - bem, quase sempre passava um avião - e tínhamos que interromper. Mas, de resto, a filmagem durou três horinhas, o diretor era uma simpatia e toda a equipe estava de bom-humor. Tinha uma criança no elenco, que tinha que contracenar comigo e com outro ator, e ela era educada e gentil.

Ou seja, é possível. É possível!

3 comentários:

Denny Naka disse...

Que boa a dica de "chutar" uma perna para se obrigar a sair da cama, um dos meus pecados capitais. Fiquei encucado com uma coisa: O que é possível?

Anna Toledo disse...

Ah, eu quis dizer que, surpreendentemente, dá para filmar sem estresse, coisa que às vezes parece impossível, porque às vezes rola um megaembaço: ou um diretor malvadão, ou uma produção que deixa o elenco horas o sol sem cadeira e sem água, ou crianças que parecem mini-adultos querendo mandar na filmagem, etc, etc.

Denny Naka disse...

Ah entendi.! Esse negócio é complicado mesmo, eu tbm faço gravação (mas edição e filmagem) e geralmente é em estúdio. Então alguns problemas como o barulho do avião ou horas no Sol não existem, mas diretor malvadão isso é sempre!