segunda-feira, 3 de novembro de 2008

chuva ritual


mathilde aubier


Ontem choveu, é claro.


Antes eu achava que chovia infalivelmente em Finados só em Curitiba - porque lá chove, mesmo, nesta época do ano. Depois eu descobri que chovia em qualquer parte, no dia 2 de novembro, onde quer que eu estivesse.


Eliminando a hipótese megalomaníaca de eu causar uma precipitação pluviométrica onde quer que eu fosse (e apenas no feriado de Finados), e levando em conta o senso comum de que "em Finados sempre chove", começo a aceitar o fato sem questionamentos; quase com poesia.


Ontem choveu retumbantemente sobre São Paulo.




Enviei meus pensamentos e meu silêncio para os meus avós e para os meus amigos queridos e saudosos.


2 comentários:

thais cavalcanti disse...

Em Finados sempre chove. Verdade. E eu, sempre querendo fazer o mundo girar ao contrário, insisto em ir pra praia. Tomar chuva e passar frio ouvindo a maresia soa muito mais interessante.

Anna Toledo disse...

Fazer o mundo girar ao contrário também pode ser um movimento interessante. No contra-fluxo sempre bate mais vento nos cabelos.