segunda-feira, 20 de outubro de 2008

a sensacional maratona cinematográfica está de volta!

Eba. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Compro meu passezinho, tiro minha fotinha no cyber-lambe-lambe, faço minha credencial e, com ela no pescoço, vou feliz enfiar-me nas salas escuras da cidade em busca de uma história que nunca ouvi antes; ou da mesma história, contada de um outro modo; ou apenas de um novo filme estrelado pelo George Clooney.

Segue o meu diário:

Burn After Reading (Queime Depois de Ler)
de Joel e Ethan Cohen

Comédia de erros (de espionagem) estrelada por - estão prontos? Segurem-se - George Clooney (aiai..), John Malkowich, Tilda Swinton, Frances MacDormand, Richard Jenkins (o patriarca falecido de Six Feet Under) e Brad Pitt. Trama impossível de resumir, com reviravoltas a cada cinco minutos, e os melhores atores possíveis em sua melhor forma.

Da categoria engraçado pacas.

Three Days of Rain (Três Dias de Chuva)
de Michael Meredith

Filme de ensemble [ou filme-coral, como preferem os franceses*...] inspirado em contos de Anton Checov, mas ambientado em Cleveland, Ohio, num contexto contemporâneo. Muito bem filmado em 35mm, fotografia linda, com elenco de bons atores de teatro norte-americano. Entre rostos (e nomes) mais conhecidos, Peter Falk - e Blythe Danner (a mãe de Gwynelth Paltrow) fazendo uma pontinha boa.

Tive duas grandes sortes. Uma: sou fã de literatura russa. Não sabia sobre o que era o filme - na Mostra, venho com poucas referências; costumo entrar numa sala apostando no palpite que o título me sugere. Porém, fui identificando a semelhança de algumas histórias com aquelas que eu tinha na memória, até perceber que o filme era uma (boa) adaptação de contos de Checov!

A outra grande sorte foi que o filme foi apresentado por ninguém menos do que o Wim Wenders! Em pessoa. Antes da sessão começar, sem nenhum aviso, o Leon Cakoff veio e falou:"Olha, tenho uma surpresa, o Wim Wenders, que é o produtor deste filme, está aqui e gostaria de dizer algumas palavras". Aí o sujeito cabeludo do lado dele pegou o microfone e disse:"Oi, eu sou o Wim Wenders. Tudo bem?"

Ele disse, claro, mais um monte de coisas. Contou do processo do filme, de como conheceu o diretor, de como o Peter Falk é legal, etc, etc, mas enquanto ele falava eu estava pensando: "êêêê! Aquele ali é o Wim Wenders!"


Amanhã tem mais!

*estou très cahiers du cinéma...

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